ACM Neto rejeita apoio de Bolsonaro

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Foto: Reprodução

Na Bahia, onde cumpre agendas de campanha nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu votos para ACM Neto (União). Trata-se de mais uma tentativa de aproximação com o ex-prefeito de Salvador, que mantém a neutralidade em relação à disputa presidencial e não pretende se encontrar com Bolsonaro nesta passagem pela Bahia, de acordo com a sua própria assessoria. Nesta terça, enquanto Bolsonaro cumpre agenda na cidade de Guanambi, na região sudoeste, ACM está no norte baiano, a mais de mil quilômetros de distância. Nesta quarta, o ex-prefeito de Salvador deve permanecer isolado, se preparando para o debate da TV Globo, e não tem compromissos agendados com Bolsonaro.

Bolsonaro, no entanto, pediu votos para ACM e disse ser “necessário derrotar o petismo”, representado na disputa estadual por Jerônimo Rodrigues (PT).

— Aqui na Bahia, nós temos posição: o lado oposto ao PT. Por isso peço aos meus amigos da Bahia, para que votem em ACM Neto — disse em cima do palanque. Ao lado dele, estava o ex-ministro e candidato derrotado no primeiro turno das eleições da Bahia, João Roma. ACM não comentou o apoio.

Em entrevista ao GLOBO no início do mês, ACM Neto reforçou que não assumiria um lado na disputa presidencial e não declararia apoio a Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ele, a intenção era debater apenas os problemas estaduais.

— Meu foco é a eleição estadual. O meu adversário nacionaliza a campanha pois quer se esconder. Ele quer tudo, menos discutir os problemas reais da Bahia. Governei Salvador por oito anos com três presidentes diferentes, sempre com diálogo. Quero, sim, evitar a nacionalização desse debate. Sigo coerente e mantenho a clareza de que não vou escolher um lado. Na Bahia, esse debate de direita e esquerda tem menos importância do que a vontade de ter um bom gestor, um bom governador. Meu trabalho é voltado para a gestão pública, foco no que interessa. Quero apresentar uma pauta propositiva e menos ideológica — afirmou, na ocasião.

O Globo