Bolsonaro usa máquina pública e TSE fica inerte

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Foto: O Globo

Logo após o primeiro turno, o presidente Jair Bolsonaro passou a correr atrás dos eleitores que lhe faltaram para superar o ex-presidente Lula, que somou mais de seis milhões de votos de diferença. Na lista de prioridades, o público feminino e, principalmente, o eleitor de baixa renda, em especial aquele beneficiado pelos programas sociais do governo. E o candidato à reeleição tem usado à exaustão a força do Planalto para reverter esse cenário. Já no dia quatro de outubro, a Voz do Brasil anunciava o ingresso de novas 500 mil famílias do Auxílio Brasil e a antecipação de parcelas do benefício e também do vale-gás. Foi o começo de uma bateria de medidas direcionadas especificamente aos públicos que estavam na mira do candidato à reeleição, como a parcela extra do Auxílio Taxista; o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil; e o crédito da Caixa direcionado a mulheres empreendedoras. A mais nova cartada, não necessariamente a última, foi dada essa semana, com a aprovação do uso de depósitos futuros do FGTS para financiar a casa própria. Esse conjunto de ações na fase decisiva da disputa eleitoral levanta questionamentos sobre a prática de abuso de poder político. O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, por exemplo, está convicto de que a liberação do consignado é um abuso de poder. No Ao Ponto desta quinta-feira, a repórter de Economia Fernanda Trisotto explica as medidas anunciadas pelo governo desde o início do segundo turno e aponta os riscos que parte delas representam para a saúde financeira das famílias. O advogado Renato Ribeiro explica como essas ações se enquadram em eventuais crimes eleitorais e qual é a dificuldade para a punição dessas irregularidades.

Publicado de segunda a sexta-feira, às 6h, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Roberto Maltchik, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade. O episódio também pode ser ouvido na página de Podcasts do GLOBO. Você pode seguir a gente em plataformas como Spotify, iTunes, Deezer e também na Globoplay.

O Globo