Bolsonaro vai radicalizar se houver 2o turno

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Foto: Reprodução

A campanha de Bolsonaro segue acreditando que o presidente irá para o segundo turno, mas existe grande preocupação sobre qual versão o presidente adotará nessa fase do pleito, caso ocorra. O temor é que Bolsonaro siga a toada desta semana e encarne a versão do candidato de 2018.

Nos últimos dias, o presidente fez quatro lives, investiu no discurso radicalizado e agressivo com ataques a governos de esquerda e voltou à carga contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Com a estagnação nas pesquisas atrás de Lula (PT), o presidente foi se reaproximando da roupagem que vestiu há quatro anos e que o marketing de sua campanha tenta afastar neste ano, nem sempre com sucesso.

— Ele está num momento do Bolsonaro de 2018 e ouve pouco a ala política — disse um membro do QG.

Para o debate da TV Globo, Bolsonaro voltou atrás e não quis receber o treinamento do marqueteiro Duda Lima. Também desprezou boa parte das sugestões de temas e perguntas feitas pela ala política e preferiu as propostas dos ideológicos capitaneados pelo filho Carlos Bolsonaro. O desempenho inicial de Bolsonaro no debate foi criticado por membros do seu QG. Para eles, a postura do presidente melhorou após ser alertado por um ministro de que seria bom baixar o tom.

O discurso dos auxiliares de Bolsonaro é que o segundo turno seria uma nova eleição. Eles avaliam que com a versão de 2018 o presidente não consegue ser reeleito. O marketing defende que o Bolsonaro adote uma nova postura: volte a apostar na melhora da economia e seja mais propositivo, mas trabalhando para colar em Lula a pecha da corrupção.

O Globo