Haddad diz que Bolsonaro e Garcia ocultavam aliança

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Foto: Danilo Verpa-2.out.22/Folhapress

O candidato petista ao governo paulista, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quinta-feira (6) que a aliança do governador Rodrigo Garcia (PSDB) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) é de antes da eleição.

Em um cenário que o governador tem interlocução com muitos políticos do interior, Haddad também disse que prefeito não elege governador e que não quer o apoio do centrão.

As declarações foram dadas em evento que o Solidariedade, de Paulinho da Força, anunciou o apoio a Haddad. É o segundo partido que declarou apoio ao petista na corrida estadual. Na quarta (5), foi a vez do PDT.

“Essa aliança com Bolsonaro já estava fechada”, disse, afirmando que não há surpresa no apoio de Rodrigo ao presidente, uma vez que teria havido articulação com o presidente da Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB) e o grupo de Bolsonaro.

Na opinião de Haddad, esse seria um dos motivos da artilharia de Rodrigo Garcia (PSDB) contra ele na campanha.

Questionado sobre como pretende lidar com a possível ofensiva de Rodrigo, visando trazer prefeitos para apoiar Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos), ele afirmou que, se prefeito elegesse governador, o tucano é quem estaria no segundo turno.

O petista ainda afirmou não querer apoio do centrão.

“Eu só quero isolar esse centrão que virou a base do bolsonarismo. Não queremos apoio deles, porque eles levaram água para o moinho do fascismo. Eles que fiquem com o fascismo.”

Questionado se é possível governar sem o centrão, Haddad disse que em São Paulo é possível. Ele acenou à direita moderada e afirmou ter interlocução com o PSDB histórico.

Haddad afirmou considerar possível a virada sobre Tarcísio, que lidera as pesquisas, e citou ter ultrapassado José Serra em 2012, um tucano histórico que apoia Tarcísio e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando foi eleito prefeito paulistano.

Aliado de Rodrigo no primeiro turno, Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, criticou a aliança dele com Bolsonaro. “Hoje, Mário Covas, Franco Montoro devem estar se revirando na cova”, disse.

Folha