Quaest diz que eleição rompe relações pessoais

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Foto: Alan Santos/PR/Amanda Perobelli/Reuters

A polarização sempre existiu nas eleições para presidente do Brasil, especialmente nas disputas de segundo turno. Mas, desde 2018, transbordou e deu origem à chamada polarização afetiva. Nesse ambiente, o adversário passa a ser seu inimigo. Ele se torna uma ameaça à própria existência, o que estimula rompimentos de amizades e até de relações familiares e ainda as ações de violência política. Uma pesquisa da Quaest buscou traduzir em números esse movimento, perguntando aos eleitores sobre relações familiares. O resultado mostrou que 11% deles romperam relações familiares ou de amizade em função da política, e 48% dos eleitores de Lula e 33% dos de Bolsonaro ficariam ‘infelizes’, caso o filho(a) se casasse com um militante do outro grupo político. O mesmo movimento já é observado nos EUA, com reflexo na produção e disseminação de notícias falsas, fomentadas por ideias radicais de confronto a instituições. Mas, afinal, como esse fenômeno é medido e por que deve se prolongar para além do período eleitoral? No Ao Ponto desta quarta-feira, o cientista político e Diretor da Quaest Pesquisa, Felipe Nunes, explica o que é a polarização afetiva e como a discordância que sai do âmbito da disputa político-partidária transborda para as relações pessoais. Ele também analisa como essa polarização exacerbada tende a se manter mesmo depois do encerramento do pleito.

Publicado de segunda a sexta-feira, às 6h, nas principais plataformas de podcast e no site do GLOBO, o Ao Ponto é apresentado pelos jornalistas Carolina Morand e Roberto Maltchik, sempre abordando acontecimentos relevantes da atualidade. O episódio também pode ser ouvido na página de Podcasts do GLOBO. Você pode seguir a gente em plataformas como Spotify, iTunes, Deezer e também na Globoplay.

O Globo