Ataque a mulher de Lula revolta internet

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Foto: Metrópoles

Comentarista de política da GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhêde revoltou internautas após condenar a participação ativa de Janja da Silva, esposa do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na transição de governo. “Ela não é política”, disse Catanhêde.

Segundo a comentarista, o protagonismo da socióloga tem incomodado setores do Partido dos Trabalhadores. A jornalista ainda comparou Janja com outras primeiras-damas e comentou que a mulher do presidente deveria se limitar a ter voz apenas no quarto do casal.

 

“Eu acho que um bom exemplo de primeira-dama foi a Ruth Cardoso que, como a Janja, tinha um brilho próprio, era uma professora universitária […] mas ela não tinha protagonismo, ela não tinha voz nas decisões políticas. Se tinha, era a quatro chaves dentro do quarto do casal”, afirmou Catanhêde, em referência à esposa de Fernando Henrique Cardoso.

“Ou seja, já incomoda, sim, porque ela já começou a participar de reunião, já vai dar palpite, e daqui a pouco ela vai dizer ‘ah, esse pode ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar presidente”, completou.

A fala de Catanhêde levou a hashtag Respeita a Janja aos assuntos mais comentados das redes sociais neste sábado (12/11). “Janja entende muito, trabalha dia e noite e é um orgulho pro Brasil tê-la como primeira-dama. A mulher é socióloga com MBA em Gestão Social e Sustentabilidade”, opinou o youtuber Felipe Neto, destacando o currículo da esposa de Lula.

“Quem estava junto dessa mulher maravilhosa durante a campanha do Lula pôde entender a sua contribuição nos mínimos detalhes, inclusive, aquela nossa agenda no CPX aconteceu porque ela articulou internamente para que acontecesse e foi lindo”, afirmou Rene Silva, fundador do Voz da Comunidade.

Os internautas ainda aproveitaram para elogiar a fala de André Trigueiro que sugeriu abolir o termo primeira-dama e chamou atenção de Catanhêde, dizendo que “lugar de mulher é onde ela quiser”.

“É preciso reinventar palavras e expectativas em relação ao papel da mulher do homem mais poderoso do Brasil. Já ficou muito claro nesse governo que [Janja] não será alguém que vai cumprir o papel de dona de casa subserviente ao marido. Lugar da mulher é onde ela quiser ficar. Isso o presidente falou na paulista no discurso da vitória”, afirmou o jornalista.

 

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