Cartão corporativo acaba com eleitorado de Bolsonaro

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(foto: Evaristo Sa/AFP)

Os dados do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram divulgados na noite da última quarta-feira (11/1) e mostram que o então chefe do Executivo gastou ao menos R$ 27,6 milhões durante os quatro anos de mandato – com altos valores gastos em hotéis de luxo e despesas pessoais com sorvetes e cosméticos.

A divulgação atende a um pedido feito em dezembro por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Fiquem Sabendo, agência de dados públicos, e estão disponíveis no site do governo.

Com os dados divulgados, o assunto se tornou um dos mais comentado do Twitter. Isso porque o ex-presidente gastou R$ 13,6 milhões com hotéis, sendo R$ 1,4 milhão no Ferraretto Hotel, no Guarujá, cidade do litoral paulista. Segundo o Estadão, as diárias do Ferreto variam de R$ 436 (em promoção) a R$ 940. Assim, considerando um valor médio de R$ 500, o montante seria suficiente para mais de 2,9 mil diárias.

Em padarias, Bolsonaro gastou R$ 581 mil ao longo do mandato. Ao todo, uma das filiais da padaria carioca Santa Marta recebeu R$ 362 mil do cartão corporativo da Presidência.

Os gastos contrariam o discurso do Bolsonaro que, ainda em março de 2022, em evento do PL, ao lado de figuras como o ex-presidente Fernando Collor, afirmou que teria acabado com “a farra com dinheiro público”.

Vale destacar que o uso dos cartões corporativos pelo governo federal é regulamentado pelo Decreto nº 5.355/2005. Segundo o decreto, o cartão deve ser utilizado para “pagamento das despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços, nos estritos termos da legislação vigente”.

Estado de Minas