Começa “desbolsonarização” na PF

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, vai fazer uma ampla mudança na cúpula do órgão nos Estados. Ao menos 20 das 27 superintendências serão trocadas. Entre os critérios que vão nortear as mudanças está o de aumentar o número de mulheres em cargos de chefia. A medida está em sintonia com as propostas adotadas pelo governo Lula.

Hoje só há duas superintendentes regionais da PF: Juliana de Sá Pereira Gonçalves Pacheco, em Alagoas, e Cassandra Ferreira Alves Parazi, em Goiás.

A coluna apurou que a meta é nomear delegadas como superintendentes em, ao menos um terço, dos Estados. Se isso acontecer, pelo menos nove superintendências da PF serão comandadas por mulheres. O efetivo de delegados da corporação é formado majoritariamente por homens. Dados do Ministério da Justiça mostram que só 15% dos postos de delegados da PF são ocupados por mulheres.

Também é certo que unidades consideradas chave para a PF, como São Paulo e o Distrito Federal, terão o comando substituído.

A PF foi um dos órgãos que mais sofreram interferência direta na gestão Bolsonaro. O ex-presidente chegou a trocar o diretor-geral quatro vezes. Um dos objetivos de Bolsonaro que ficaram evidentes com as mudanças era seu desejo de que interferir na corporação, para poupar seus filhos e aliados investigados.

O Globo