Dino agradece policiais que cumpriram dever
Foto: Isaac Amorim/Ministério da Justiça
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira que deseja que a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal seja “o mais breve possível”. A declaração ocorreu durante cerimônia de homenagem aos policiais e outros agentes de segurança que atuaram no repressão aos atos terroristas do dia 8 de janeiro.
— O que nós desejamos é que essa intervenção, como dito no próprio decreto presidencial, seja temporária e o mais breve quanto possível — discursou o ministro.
Durante a semana, a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal durante a manifestação recebeu diversas críticas, incluindo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O coronel Fábio Augusto, que comandava a corporação no domingo, foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na cerimônia, Dino afirmou que a intervenção, decretada no domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não foi um “ato contra as corporações de segurança”, mas sim de apoio.
— Nós resolvemos fazer esse evento aqui no Ministério da Justiça para mostrar que a intervenção federal decidida pelo presidente Lula não foi um ato contra as corporações de segurança do Distrito Federal. Foi um ato em apoio às corporações de segurança e do sistema de justiça.
O interventor na segurança, Ricardo Cappelli, também elogiou as forças de segurança, citando nominalmente a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Trânsito (Detran).
Cappelli admitiu que a Polícia Militar está “machucada” pelos acontecimentos e que é preciso “separar o joio do trigo”, mas afirmou ter “plena confiança” nos membros da corporação.
— Tenho plena confiança na Polícia Militar, nos homens e mulheres valorosos da Polícia Militar do Distrito Federal. São os mesmos homens que garantiram uma operação exemplar no dia 1º de janeiro, no dia da posse do presidente Lula. A corporação não mudou do dia 1º para o dia 8.
Ao falar do Corpo de Bombeiros, o interventor relatou que a comandante, Mônica Miranda, o procurou para esclarecer “posições políticas pretéritas”, mas disse que isso não era necessário.
— Ela tentou me abordar para explicar posições políticas pretéritas dela. Eu disse para ela: coronel, a posição política da senhora pretérita não me interessa. A senhora tem tido uma postura exemplar desde o momento que eu recebi a missão do presidente Lula. E é isso que me interessa, e é essa postura que me faz ter a mais absoluta confiança na senhora.