Falta muito para desbolsonarizar a PF

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Foto: PF/Divulgação

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocou superintendentes da Polícia Federal em 18 estados até esta quinta-feira, 19, inclusive em postos importantes como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

As nomeações foram bem vistas por integrantes da corporação, que classificam os novos nomes como “técnicos” e como um primeiro passo para a “desbolsonarização” da instituição.

Integrantes da PF ouvidos por VEJA elogiaram os colegas escolhidos para as superintendências estaduais, como Leandro Almada, que assume no Rio de Janeiro, e Tatiana Torres, em Minas Gerais.

Os servidores esperam que os novos superintendentes mudem também os comandos das estruturas nas delegacias estaduais e em outras áreas da corporação.

Segundo os policiais federais, muitos postos-chave foram ocupados por bolsonaristas durante a gestão anterior, o que causou o aparelhamento da PF e perseguição de policiais que tinham uma postura crítica ao governo.

“Vai ser preciso não só trocar superintendentes, mas trocar chefes de delegacias, de serviços de imigração, de serviços de armas. Tudo isso foi ocupado por bolsonaristas”, afirmou um policial ouvido sob reserva.

No dia 5 de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afrouxou as regras para indicação de diretores na Polícia Federal.

Uma portaria de 2018 determinava que poderiam ser diretores os delegados de classe especial e com mais de dez anos de exercício. Com a mudança, o delegado precisa ser de classe especial, mas o tempo de experiência não é necessário.

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