Governador ex-bolsonarista do DF critica Haddad

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Foto: Jornal NH

A cautela dos investidores internacionais ao olhar para o Brasil vai além da instabilidade política, traduzida nos atos golpistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. Para Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, a dubiedade do governo Lula (PT) em ações no campo da economia também gera dúvidas no cenário internacional.

Em entrevista ao UOL News – Manhã nesta terça, Leite, que está em Davos (Suíça) para participar do Fórum Econômico Mundial, destacou a inexperiência de Fernando Haddad, ministro da Fazenda e que representa o governo federal no encontro, como um ponto negativo.

Na área econômica, o ministro Haddad não tem um histórico de atuação, o que gera uma série de dúvidas. Afinal, qual será o esforço do governo no equilíbrio das contas e no combate ao déficit público? As manifestações feitas pelo presidente Lula geram uma certa confusão sobre qual será o compromisso em equilibrar receitas e despesas desse novo governo. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul

Leite também apontou para alguns “escorregões” de Lula em seus primeiros dias de governo e disse que fará parte de uma “oposição responsável” ao petista.

A alteração no teto de gastos não vem acompanhada de um compromisso com ações que combatam o déficit público. O governo dá recados contraditórios sobre as reformas. Tudo isso afeta o ambiente de negócios. O presidente é bem-intencionado, mas há uma lógica no funcionamento da economia que não pode ser negada. Torço para que as coisas deem certo. O PSDB não será base de sustentação, mas não nos dispomos a fazer uma oposição irresponsável. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul

Sobre o atual cenário político nacional, Leite disse encarar as próximas eleições presidenciais como uma chance para consolidar uma alternativa à polarização que tomou conta do país. O governador, que teve seu nome ventilado como um possível candidato ao Planalto, preferiu não fazer projeções pessoais.

É importante viabilizar para o país um caminho de moderação, sensatez e equilíbrio e que não signifique falta de posicionamento. O PSDB foi atacado por ser um partido de ficar em cima do muro. Tem a ver em se colocar equidistante para conciliar posições divergentes em um país diverso. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul

Josias de Souza elogiou a decisão de Benedito Gonçalves, ministro-corregedor da Justiça Eleitoral, que deu um prazo de três dias para Jair Bolsonaro (PL) se manifestar sobre o documento encontrado na casa de Anderson Torres. O colunista chamou a atenção para a rapidez com que Gonçalves trata o tema.

A decisão do ministro é acertadíssima. Ele está com o pé no acelerador e está cuidando de 15 ações contra o Bolsonaro que podem resultar na cassação dos direitos políticos dele. Em uma evidência de que tem pressa, o ministro acatou rapidamente o pedido do PDT. Se o Bolsonaro não se manifestar, ele dá ao ministro a chance de considerar que ele tem responsabilidade na elaboração dessa minuta. Josias de Souza, colunista do UOL

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