Investigação sobre morte usada eleitoralmente por Tarcísio é encerrada
Oslaim Brito/Futura Press/Folhapress
O juiz Jair Antonio Pena Junior, da 1ª Vara do Júri do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), determinou o arquivamento do inquérito sobre a morte de um homem em tiroteiro que interrompeu a agenda de campanha do então candidato ao Governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), em Paraisópolis.
A decisão judicial pelo arquivamento da investigação foi dada na última quinta-feira (19), a pedido do Ministério Público de São Paulo. A informação foi antecipada pela TV Globo e confirmada pela Folha.
Segundo o G1, o promotor de Justiça Fabio Tosta Horner afirmou que os policiais agiram em legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal, o que foi aceito pelo magistrado na decisão. O juiz também revogou o sigilo imposto ao processo.
O promotor disse ainda que não foi confirmada a participação de pessoas da equipe de Tarcísio na troca de tiros. Também não foi identificada a arma da qual partiram os tiros que mataram Felipe Silva de Lima, de 27 anos, informou o portal.
O episódio aconteceu no dia 17 de outubro.
À época, um áudio obtido pela Folha revelou que um integrante da campanha de Tarcísio mandou um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio. O então candidato disse que o pedido pode ter sido feito em “momento de tensão” para preservar a identidade dos responsáveis por sua segurança.
Segundo informado pela polícia na ocasião, a presença de motociclistas suspeitos armados no entorno do prédio onde estava o então candidato provocou o tiroteio na comunidade.
Ainda conforme a polícia, quatro policiais à paisana que trabalhavam na segurança do então candidato perceberam a movimentação e se sentiram acuados, na medida em que outros motociclistas também começaram a rondar o prédio.
Uma troca de armas entre os suspeitos teria sido observada pelos seguranças que estavam na rua onde acontecia o evento de campanha.