Lula desiste de reforma administrativa

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(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

Líder do novo governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE) afirma que a tentativa de resgate de discussão da reforma administrativa não está na pauta do Palácio do Planalto para o Congresso e que o calendário da reforma tributária será fechado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o retorno do gestor ao Brasil.

O ex-prefeito de São Paulo está em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, que termina nesta sexta-feira (20/1).

A reforma administrativa foi uma das mais desgastantes a Jair Bolsonaro (PL) durante seu governo, que na economia tinha Paulo Guedes como ministro, entusiasta da mudança na administração pública.

“Quem está tratando é o ministro Haddad”, respondeu o parlamentar após ser questionado, pelo Correio, sobre o cronograma da pauta na Câmara.

Acerca de seus diálogos com colegas do União Brasil, que ainda não definiu se vai apoiar de maneira blocada o governo Lula no Congresso, José Guimarães apontou ter conversado nesta quinta-feira (19) com Elmar Nascimento, um dos quadros mais influentes de deputados federais dentro da sigla.

“Conversei com Elmar Nascimento hoje, estamos conversando ainda. Há muito boa vontade. Todo mundo quer colaborar”, comentou.

Sobre as articulações a fim de conseguir apoio a Lula na Casa junto ao PL e ao PP, partidos próximos a Bolsonaro e que já sinalizaram que serão oposicionistas em regra e situacionistas em votações isoladas, o líder disse ser “uma questão para depois”.

“Lira é nosso candidato”
Conforme o petista, houve na quarta-feira (18) encontro com Antônio Brito, líder do PSD no último ano desta legislatura, a 56ª. Próxima de ocorrer, a eleição na Câmara também é alvo de negociações entre o PT e o presidente Arthur Lira (PP-AL), que tenta ser reconduzido ao cargo, por unanimidade.

“Lira é nosso candidato. Da nossa parte, não haverá outro nome. Íamos conversar ontem [quarta-feira] eu e ele, mas ele adoeceu.

Tem muito tempo daqui para o dia 1º [de fevereiro]”, complementou sobre as formações dos blocos parlamentares, que garantem privilégios regimentais, como comissões cobiçadas, na Casa, a exemplo da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ).

Sem citar as pautas, José Guimarães afirmou que havia sido agendada, “com urgência”, uma reunião no Planalto com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT).

Correio Braziliense