PGR denuncia de 225 terroristas – bolsonaristas

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FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: Estadão

A Procuradoria-Geral da República denunciou nesta segunda-feira, 30, mais 225 presos no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército em Brasília por ligação com os atos golpistas do dia 8 – quando radicais invadiram e depredaram as dependências do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Trata-se da sexta leva de acusações apresentadas pela PGR ao Supremo na esteira da ofensiva violenta. O número de denunciados agora chega a 479.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, imputa aos acusados supostos crimes de associação criminosa e incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais.

Pede ainda que os 225 presos sejam sentenciados a pagar indenização mínima, ‘ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados’, e que os crimes citados na denúncia sejam considerados de forma autônoma, com a soma das penas previstas para cada delito.

Os alvos da mais recente denúncia da Procuradoria estão custodiados no sistema prisional do Distrito Federal, sob regime de prisão preventiva – quando a detenção não tem data para terminar. Após serem detidos em flagrante no acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército, eles passaram por audiência de custódia e a detenção foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes. Ao todo, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.

Na sexta denúncia apresentada ao STF na esteira dos atos golpistas, a procuradoria-geral da República volta a argumentar que o acampamento em frente ao QG do Exército ‘apresentava evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência’ de investigados ‘que defendiam a tomada do poder’.

Estadão