Preso pela Lava Jato chama procuradores como testemunhas
Foto:Gabriel de Paiva/Ag. O Globo
Eduardo El-Hage e Fabiana Schneider, respectivamente ex-chefe e procuradora da extinta Lava-Jato do Rio, foram intimados a depor à Justiça estadual no próximo dia 23 a pedido da defesa de Eliane Cavalcante, sócia de Arthur de Menezes Soares, o “Rei Arthur”.
Ela é representada por Nythalmar Ferreira, que também atua pelo empresário foragido nos EUA desde 2017. Foi dele a ideia de convocar os membros da antiga força-tarefa, responsáveis pela descoberta dos indícios que embasam o processo em questão. A intenção é tentar desqualificar os métodos do MPF e as evidências obtidas pelos investigadores.
A audiência da 1ª Vara Criminal Especializada vai tratar das acusações de corrupção e lavagem que pesam contra Arthur desde o ano passado — as únicas que o mantêm sob a ameaça de um mandado de prisão. Ele é suspeito de ter pagado R$ 2 milhões em propina ao delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Junior para livrar suas empresas de inquéritos fazendários. O dinheiro teria sido repassado por meio de um restaurante francês.
Além dos procuradores, Sérgio Cabral e Anthony Garotinho também são esperados para depor. O MP estadual quer saber se os ex-governadores têm detalhes do eventual esquema.