Rui Costa pede calma ao “mercado”

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Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira ao Valor que o governo Lula 3 fugirá de dogmas ao tratar da economia, seja à esquerda ou à direita, e que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ampliar ao máximo as possibilidades de investimentos no Brasil. Portanto, acrescentou, não há motivos para o mercado se preocupar.

“O que nós queremos fugir é de dogmas, seja da extrema esquerda ou de extrema direita”, disse ele em entrevista exclusiva. “O mercado não tem por que se assustar. A orientação e a determinação do presidente é ampliar ao máximo as possibilidades de investimento. Teremos investimento público direto, como MCMV [Minha Casa, Minha Vida], investimento 100% privado e um misto entre os dois. Tem um leque de possibilidades.”
Segundo ele, eventuais mudanças no marco do saneamento podem ser feitas por decreto, com o objetivo de viabilizar mais investimentos e pactuada com o setor. “Nenhuma medida será adotada no sentido de revisar o que era previsibilidade de investimento privado.”
O ministro rechaçou as críticas segundo as quais as primeiras horas do governo geraram incertezas no mercado.

“Todas as medidas que estão sendo pensadas, e vão ser discutidas com todos atores sociais e econômicos, buscam alargar as possibilidades para o mercado atuar — e não restringir. Portanto, se surpresa houver vai ser positiva”, destacou.

Sobre a decisão de prorrogação da desoneração de tributos sobre combustíveis, que na visão de agentes do mercado expôs o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Costa disse que prevaleceu não uma suposta ala política sobre outra técnica, mas sim o argumento de que não fazê-la poderia gerar um “repique de inflação”.

Valor Econômico