Aras diz que PGR agiu estratégicamente contra o golpismo. (sic)!
O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta quarta-feira (1º) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) atuou nos últimos anos de forma “estrategicamente discreta” contra extremistas políticos.
Ao longo do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, Aras foi acusado pelos então políticos de oposição de ser omisso em relação a atos antidemocráticos de bolsonaristas e do próprio ex-presidente.
Aras discursou no Supremo Tribunal Federal (STF) em cerimônia de abertura do ano do Judiciário. Ele também disse que ama a democracia.
“Não podemos esquecer, o Ministerio Público, durante os anos anteriores, esteve de forma discreta, estrategicamente discreta, evitando que extremistas de todas as naturezas e ordens, se manifestassem contra o regime democratico”, afirmou Aras.
Na solenidade, estavam presentes autoridades como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros do STF e o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Aras fez uma defesa da democracia e disse que ela foi conquistada com “sangue e suor” de muitos brasileiros.
“Esta democracia conquistada a duras penas, com movimentos civis ao longo dos 500 anos, exigiu sangue, suor e lágrimas de muitos brasileiros e de muitos outros que nos antecederam no processo civilizatório. Assim, eu peço vênia para dizer, em nome do Ministério Público brasileiro: ‘Democracia, eu te amo, eu te amo, eu te amo'”, disse.
Denúncias contra vândalos
Aras informou ainda que o Ministério Público, até o momento, já ofereceu 525 denúncias contra os vândalos que depredaram as sedes dos poderes da República no dia 8 de janeiro. O MP também já pediu 14 prisões e 9 buscas e apreensões.
“Agiremos preventivamente sempre e, se for necessário reprimir os atentados ao Estado democrático de direito, nós assim o faremos”, completou.
Discurso de Rosa Weber
Na mesma solenidade, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, disse que golpistas serão punidos com o rigor da lei.
“Hoje, quatro meses e meio depois da minha posse como chefe do poder judiciário brasileiro, nessa sessão solene revestida de especial simbolismo de abertura do ano judiciário de 2023, neste mesmo plenário totalmente reconstituído após a invasão criminosa do dia 8 de janeiro último por uma turba insana movida pelo ódio e pela irracionalidade, reafirmo minha profissão de fé como juíza”, disse a ministra.