Bolsonaro fica inelegível até junho

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Marcelo Camargo/Agência O GLOBO

Ministro quer julgar caso sobre ataques ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores ainda neste semestre

Além dos casos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) — sete foram remetidos à primeira instância pela ministra Cármen Lúcia nesta sexta -feira —, Jair Bolsonaro é alvo de 16 ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, se julgadas procedentes, podem levar à inelegibilidade do ex-presidente. A mais avançada delas, movida pelo PDT, diz respeito à reunião que Bolsonaro teve com embaixadores no Palácio do Alvorada e atacou, sem provas, a higidez das urnas eletrônicas.

Foi no âmbito desta ação que houve a inclusão, como prova, da minuta golpista encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres. Bolsonaro é investigado por abuso de poder político e, na última terça-feira, teve negado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, um pedido para retirar o documento da ação.

A avaliação no TSE é de que Gonçalves passará a imprimir um ritmo ainda mais célere na análise desta ação e, ainda no primeiro semestre, deverá estar com o caso pronto para ser julgado. Nesta semana, o ministro mandou um duro recado contra as tentativas de deslegitimar os resultados das eleições de 2022 que foram empreendidas tanto pelo ex-presidente quanto por seus apoiadores.