Condenado vereador que chamou colega de “judeu filho da puta”

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André Bueno /CMSP/Divulgação

Adilson Amadeu xingou o parlamentar Daniel Annenberg durante sessão da Câmara Municipal de Vereadores, em 2019

A Justiça de São Paulo manteve a condenação do vereador paulistano Adilson Amadeu (União) por injúria racial contra o colega Daniel Annenberg (PSB).

Amadeu recorreu da decisão, de maio de 2022, que o condenou, em primeira instância, a um ano e quatro meses de prisão em regime aberto, substituída por prestação de serviço comunitário pelo mesmo período e o pagamento de um salário mínimo.

A defesa de Annenberg, um esforço conjunto da Confederação Israelita do Brasil e da Federação Israelita de SP, comemorou a condenação de um parlamentar.

“A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo marca um momento histórico no combate aos crimes de ódio contra membros da comunidade judaica”, disse o advogado Daniel Zaclis.

O vereador ofendido acredita que a decisão pode servir como exemplo a casos parecidos.

“Mais que a questão pessoal, a decisão é importante para dar exemplo para que outras pessoas não façam o que este cidadão fez”, afirmou Annenberg.

Em sessão da Câmara Municipal de São Paulo, em 2019, Annenberg votou contra a inclusão de um projeto de lei com restrições a motoristas de aplicativos.

O autor da proposta, Adilson Amadeu, teria chamado o colega de “judeu fdp” e “judeu bosta”. Ainda cabe recurso ao réu.

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