Moro do Rio não se defende em ação no CNJ

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Foto: Custódio Coimbra/Ag. O Globo

Com seu eventual afastamento sendo analisado a portas fechadas pelo CNJ nesta terça-feira, num julgamento de três processos disciplinares sigilosos, Marcelo Bretas está sem defesa ante os membros do colegiado.

A ministra Rosa Weber, que preside a sessão, questionou publicamente antes de iniciá-la se o magistrado da Lava-Jato do Rio estava representado por algum advogado legalmente constituído e presente no local. Não obteve resposta.

Pouco antes, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) teve o ingresso nos casos negado pelo corregedor-geral de Justiça, Luis Felipe Salomão, relator do trio de ações. Isso porque a entidade de classe só solicitou a entrada na noite de segunda, horas antes do julgamento de hoje, conforme Salomão destacou na sessão.

E por qual motivo a Ajufe demorou tanto a agir a favor de Bretas, num julgamento que estava previsto há pelo menos uma semana e sabidamente arriscado para o futuro do juiz? Porque ele próprio, segundo a associação, só comunicou oficialmente que precisaria de auxílio na última sexta, a três dias da sessão de hoje. O prazo foi curto para que a Ajufe cumprisse seu papel e o CNJ acolhesse suas eventuais manifestações.

Bretas responde a reclamações movidas pela OAB e por Eduardo Paes, prefeito do Rio. E também a um processo administrativo aberto pelo próprio Salomão, em dezembro. Em todos os casos, está em xeque a conduta dele na condução de ações da Lava-Jato.

O Globo