MTST faz ato diante da ‘casa’ de Zambelli
Na capital paulista, os sem-teto se dividiram em dois grupos nesta terça-feira. Um deles se reuniu em frente ao Metrô Tietê, na zona norte, para seguir em direção ao escritório político de Zambelli, e o outro na estação Vila Mariana, na zona sul, próximo ao escritório de Eduardo Bolsonaro — ambos foram os dois deputados bolsonaristas mais bem votados na última eleição e só não tiveram mais votos do que Boulos.
Os manifestantes portavam faixas e cartazes com a frase “sem anistia” e pediram a prisão de financiadores dos atos ou apoiadores de bolsonaristas. Para o movimento, as posições de apoio a Bolsonaro adotadas pelos dois deputados contribuíram para a invasão às sedes dos três poderes. Atualmente, mais de 900 pessoas permanecem presas em Brasília, suspeitas de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro.
Pressão à esquerda
Embora o protesto desta terça-feira tenha tido como alvo específico os participantes dos atos terroristas do mês passado, o MTST e a Frente Brasil Sem Medo, que apoiaram a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também buscam marcar posição contra qualquer possibilidade de guinada mais à direita do governo petista.
A mobilização tem como objetivo mostrar apoio popular às pautas de esquerda em um momento no qual o governo Lula e o PT têm vilanizado o mercado financeiro e atacado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com o objetivo de interferir nas metas de inflação e na taxa básica de juros.
Dirigentes do movimento ouvidos pelo Metrópoles avaliam que, até o momento, não houve nenhum “ataque a direitos” dos trabalhadores que pudesse justificar uma manifestação mais ampla nas ruas e que o momento, por ora, é de apoiar Lula na batalha travada contra o presidente do BC.