Aos 13 anos, assassino de professora ficará sob custódia
Aluno atacou Escola Estadual Thomázia Montoro, em SP- Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu a internação provisória do adolescente de 13 anos que matou uma professora em ataque a facadas na Escola Estadual Thomazia Montoro. A representação, com pedido de internação, foi peticionada pela Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Capital. O tempo máximo de internação provisória é de 45 dias.
A decisão sobre a internação na Fundação Casa agora cabe à Justiça. A promotoria não estabelece um tempo de internação, que será avaliado posteriormente, na fase de execução da medida socioeducativa. Porém, a legislação prevê que um menor pode ficar até três anos na instituição.
O adolescente foi ouvido pela promotora Luciana de Paula Leite Rocha Del Campo na tarde desta terça-feira no Centro de Atendimento Inicial, no Brás.
Conflitos em casa
O adolescente autor dos ataques relatou a colegas de classe ouvidos reservadamente pelo GLOBO que os pais dele frequentemente brigavam em casa. A relação conflituosa se estendia ao filho, que também afirmou, segundo um colega da escola, ter sido espancado pelo pai.
Em uma das ocasiões, o autor das facadas externou aos amigos a vontade de matar o pai e perguntou se alguém o ajudaria. A “convocação” foi lida como uma brincadeira pelos demais estudantes.
Um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro disse que o menino odiava o irmão e falou em matá-lo no ano passado, um dia antes de sair da escola.
Na carta que deixou a familiares justificando os ataques, o adolescente pediu desculpas à mãe, tia, avó e ao irmão por decepcioná-los. Mas não citou o pai.