Lula vai acusar bolsonaristas por atrasarem o governo

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Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Sem grandes realizações para marcar os 100 dias de governo, Lula prepara um documento a ser enviado a Rodrigo Pacheco, o chefe do Congresso, para apresentar a agenda prioritária do Planalto ao Legislativo. A ideia é mostrar que há um plano de voo mínimo em formação na Presidência.

A decisão de deixar o marco fiscal de Fernando Haddad para depois da viagem à China, “em meados de abril”, como disse Rui Costa, tem o objetivo de reforçar essa iniciativa simbólica, segundo fontes do governo. Lula já deixou claro publicamente que está incomodado com a letargia do governo nos primeiros cem dias de mandato.

Boa parte das ações anunciadas consistem em velhos programas petistas resgatados para dar tração na agenda política da Esplanada. Com o terceiro mês de mandato caminhando para o fim, o Planalto não tem base política articulada no Congresso e, por causa disso, vem adiando a formulação dessa agenda prioritária.

Quando enviar o documento a Pacheco, espera ter um cenário mais consolidado de apoios no Legislativo. Para justificar o atraso na formação da base política, Lula já tem discurso pronto. Vai culpar o bolsonarismo que destruiu as sedes dos poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.

Os eventos desencadeados nesse dia, segundo o petista tem dito em conversas com aliados, acabaram por atrasar a montagem da base governista e desviar o foco dos ministros. Em vez de trabalhar na agenda propositiva da máquina, o governo precisou lidar com o golpismo que ainda restava em alguns órgãos do governo sob mando bolsonarista. Essa agenda consumiu tempo e energia que poderiam ter sido investidos na formação da base política no Parlamento.

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