Veja o valor das novas joias roubadas por Bolsonaro

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Foto: Reprodução/Rolex

Um relógio da marca Rolex de ouro branco, cravejado de diamantes, faz parte do terceiro conjunto de joias recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro do governo da Arábia Saudita. Vendido em sites por preços a partir de R$ 364 mil, o item é o mais caro entre as peças que compõem o presente. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”

O conjunto de joias, que teria ficado com Bolsonaro após o término do mandato, foi entregue em mãos ao ex-presidente durante uma viagem oficial a Riad, capital da Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019, segundo o jornal. Na ocasião, o mandatário participou de um almoço oferecido pelo rei saudita, Salman Bin Abdulaziz al Saud.

Em seu site oficial, a Rolex diz que o relógio é feito de ouro branco 18 quilates, usando “os metais mais puros, que são meticulosamente analisados em um laboratório da própria Rolex, com auxílio de equipamentos de ponta, antes do ouro ganhar forma e ser moldado seguido rigorosos critérios de qualidade”.

O aro – também chamado de luneta –, cravejado de diamantes, é descrito pela Rolex como uma “sinfonia brilhante que enaltece o relógio e encantar quem o leva no pulso”.

“Graças à habilidade artística e artesanal dos joalheiros, a pedra [de diamante] é posicionada e meticulosamente alinhada em relação às outras, e, em seguida, é firmemente fixada nos engastes de ouro ou platina”, diz a empresa.

Já a pulseira do relógio é batizada, por coincidência, como “Presidente”. “De três fileiras de elementos semicirculares, ela foi criada em 1956 para o lançamento do Oyster Perpetual Day-Date”, diz a Rolex. “[A pulseira] representa o máximo em refinamento e conforto e é sempre feita de metais preciosos cuidadosamente selecionados”, acrescenta a descrição.

O site da fabricante permite configurar o relógio ao gosto do cliente.

Além do ouro branco, estão disponíveis versões em ouro amarelo, ouro rosa e platina. O aro pode ser canelado ou cravejado de diamantes. Há também nove opções de mostradores, indo de versões mais “simples” até outras mais caras, feitas com madrepérola branca ou com diamantes e safiras.

O Rolex de diamantes está no terceiro estojo de joias que teria sido dado a Bolsonaro pelo regime saudita.

Segundo o “Estadão”, o conjunto é composto também de uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras encrustadas; um par de abotoaduras de ouro branco ornada com um brilhante no centro e rodeadas por diamantes; um anel de ouro branco com diamantes; e uma “masbaha” de outro branco com pingentes cravejados em brilhantes.

A nova denúncia surge pouco depois de Bolsonaro ter anunciado que pretende voltar ao Brasil na quinta-feira (30). O ex-presidente está desde o final do ano passado nos Estados Unidos, onde tem participado de eventos organizados pela direita americana.

Ainda de acordo com o jornal, Bolsonaro deu ordens para que as joias fossem levadas ao seu acervo privado. Um formulário de encaminhamento de presidentes para o presidente foi preenchido na ocasião. Na parte inferior da descrição dos itens, há uma pergunta que questiona se “houve intermediário no trâmite”. A resposta “não” foi marcada no documento.

Até agora, três pacotes com joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita à comitiva presidencial já foram identificados. O valor total dos presentes se aproxima de R$ 18 milhões. A peça de maior valor é um colar de diamantes da marca Chopard, que seria um presidente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O colar foi recebido pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em outubro de 2021, e retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Na ocasião, os fiscais intervieram porque as joias não haviam sido devidamente declaradas pela comitiva do governo que retornava ao Brasil, como exige a lei para bens avaliados em mais de US$ 1.000 (pouco mais de R$ 5 mil).

O segundo conjunto de joias, que estava com o ex-presidente, foi devolvido pelos advogados de Bolsonaro na última sexta-feira após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Valor