Anderson Torres ajudou a manter acampados diante do quartel

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Foto: Reprodução

O general Dutra de Menezes apresentou documentos que mostram a ação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres nos atos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram as sedes dos Três Poderes. Torres era secretário de Segurança Pública do DF na ocasião. Dutra atuava como comandante militar do Planalto.

Esses documentos foram entregues para a Polícia Federal (PF) na semana passada, durante depoimento de Dutra no contexto dos inquéritos da Operação Lesa Pátria, e foram revelados em reportagem do Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (17/4).

Um dos documentos é de 29 de dezembro de 2022, antes de Torres assumir a SSP-DF. Trata-se de um ofício em que a Secretaria de Segurança chama o Exército para uma ação de enfrentamento ao comércio irregular na Avenida do Exército e a adjacência da Praça dos Cristais, local onde bolsonaristas estavam acampados defendendo um golpe de estado.

Esse ofício não fala sobre desmontar o acampamento. No entanto, em depoimentos anteriores, oficiais da Polícia Militar do DF e o próprio governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmaram que o Exército teria impedido o desmonte do acampamento dos radicais em 29 de dezembro.

O outro documento apresentado pelo general Dutra foi uma determinação da SSP-DF em 6 de janeiro, já na gestão de Torres, para que os ônibus com os manifestantes radicais bolsonaristas ficassem estacionados e concentrados no Setor Militar Urbano (SMU).

No entanto, isso ia contra uma estratégia do Exército, que havia bloqueado a Avenida do Exército para impedir a chegada dos ônibus no SMU, segundo o Estadão.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do Governo do DF e aguarda uma posição. A assessoria do governador Ibaneis Rocha informou que ele não vai se manifestar.

Metrópoles