Bolsonaro devolve 3o lote de joias que roubou

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devolveu hoje o terceiro kit de joias recebido da Arábia Saudita
Imagem: Marco Bello/Reuters

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devolveu no início da tarde desta terça-feira (4) o terceiro kit de joias que recebeu da Arábia Saudita, incluindo o relógio Rolex de ouro branco cravejado de diamantes.

O que aconteceu?

O acervo é avaliado em R$ 500 mil e foi entregue a uma agência da Caixa Econômica Federal em Brasília, que confirmou a entrega. A existência de um terceiro conjunto de joias — além do retido pela Receita Federal e de um segundo estojo que ficou com Bolsonaro — foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Esse terceiro kit foi oferecido ao então presidente durante viagem oficial a Doha, no Qatar, e a Riad, na Arábia Saudita, entre 28 e 30 de outubro de 2019. O conjunto inclui ainda anel, abotoaduras, caneta e um masbaha (rosário islâmico).

A devolução dessas joias foi determinada pelo ministro Augusto Nardes, do TCU (Tribunal de Contas da União). O ministro estabeleceu ainda que, se existirem outros estojos, também devem ser entregues imediatamente.

Bolsonaro prestará depoimento amanhã (5) para explicar o caso das joias; o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, também falará com a PF.

Auditoria do TCU mira presentes levados à fazenda de Piquet

O tribunal também aprovou na semana passada a realização de uma auditoria para verificar o envio de dezenas de caixas com presentes de Bolsonaro para uma fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet. O TCU já havia determinado que todos os bens recebidos por Bolsonaro, nos quatro anos de mandato, sejam auditados.

Os itens enviados à fazenda do ex-piloto saíram da garagem privativa do Planalto e do Palácio do Alvorada no final do mandato de Bolsonaro.

Somente as peças de alto valor foram encaminhadas à propriedade de Piquet e tratados como bens pessoais de Bolsonaro.

Outros objetos, como cartas e livros, foram enviados para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e para a Biblioteca Nacional do Rio, como bens do Estado brasileiro.

O que disse a defesa de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente afirmou na semana passada que todos os presentes recebidos por ele foram “devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência”, conforme manda a legislação.

Eles disseram ainda que todos os presentes recebidos pelo ex-chefe do Executivo serão auditados pelo TCU, assim como aconteceu com os presidentes anteriores e que Bolsonaro está “à disposição” para entregar qualquer presente, “caso necessário”.

A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto” – Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom no governo Bolsonaro, em postagem nesta terça no Twitter.

UOL