Brasil celebra Dia dos Povos Indígenas pela 1ª vez

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Foto: Isabel Dourado/CB/D.A. Press

“É de fato, sim, um novo tempo. Mas não vamos conseguir recuperar tanto tempo perdido em 100 dias ou 4 anos, levando em conta a terra arrasada que recebemos, o desmonte da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o desmonte de toda política indigenista… Estamos trabalhando com coragem, compromisso e muita sabedoria. Enfrentamos uma emergência que atingiu o povo yanomami, a violência no Maranhão, na Bahia, no Mato Grosso do Sul. Estamos trabalhando com o princípio da transversalidade proposta pelo presidente Lula, afirmou.

Guajajara também reafirmou a importância da criação da pasta que chefia e o processo de lutas de demarcação das terras indígenas. “Nossa ajuda foi essencial para que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) terminasse o Censo yanomami. E estamos atuando para retomar o CNPI (Comissão Nacional de Política Indigenista), e na retirada de invasores do Vale do Javari, onde foram assassinados Bruno Pereira e Dom Phillips. Além da demarcação dos nossos territórios, tarefa que por si só justifica a existência do ministério.”

A presidente da Funai, Joênia Wapichana, também presente no evento, ressaltou que a história dos povos indígenas deve ser contada e jamais esquecida. E afirmou que a data marca a responsabilidade dos indígenas de orientar e executar políticas públicas.

“Hoje é o primeiro dia que o Estado brasileiro reconhece o dia 19 de abril como o Dia dos Povos Indígenas. Esse 19 de abril marca nossa responsabilidade, competência de orientar políticas públicas, mas também de executar”, destacou Wapichana.

Até o ano passado, o Brasil celebrava todo 19 de abril o “Dia do Índio”, como a data era conhecida. A mudança foi oficializada em julho de 2022 com a aprovação da Lei 14.402. A mudança do nome da celebração teve como objetivo de explicitar a diversidade das culturas dos povos originários.

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