Lula cogita perdoar dívidas de países africanos

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Hugo Barreto/Metrópoles

O perdão de dívidas que países africanos mantêm com o Brasil voltou para o radar do governo Lula. A discussão é embrionária e está concentrada no Ministério da Fazenda.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, tratou do assunto com o ministro Fernando Haddad após participar de um evento organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial, em Washington. Lula está ciente da existência do debate na Fazenda.

Integrantes do ministério contam que Mello levou a questão a Haddad por ter ficado sensibilizado com os discursos de autoridades africanas sobre a deterioração econômica de diversos países no pós-pandemia.

O percentual da dívida dos países africanos com o Brasil é ínfimo se comparado com as obrigações mantidas com Estados Unidos e Europa. No entanto, uma ala na Fazenda defende que Lula pode liderar um movimento global se tomar a iniciativa em 2024 — ano em que o Brasil presidirá o G20.

O perdão e a renegociação de dívidas de países africanos foram bandeiras dos dois primeiros mandatos de Lula na Presidência. Nos quatro anos em que esteve no Planalto, Lula perdoou US$ 436,7 milhões das dívidas de quatro países com o Brasil.

A prática também ocorreu no primeiro mandato de Dilma Rousseff. O perdão que a petista concedeu às dívidas de cinco países africanos superou US$ 580 milhões.

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