Lula está ansioso por ver resultados de suas ações

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Imagem: Reprodução/UOL

A ansiedade do presidente Lula (PT) em “fazer as coisas darem certo” prejudica a si mesmo: assessores mais próximos não veem com bons olhos algumas escorregadas do atual chefe do Executivo, segundo apuração da colunista do UOL Thaís Oyama.

Usando a justificativa de ter 77 anos, Lula quer mais celeridade do governo.

“O entorno do presidente já reconhecia que o governo não vive um bom momento. Parte desses assessores atribui ao próprio presidente Lula essas escorregadas e esse mau momento que vive o governo.”

“Eles dizem que Lula está nitidamente ansioso. Ansioso para as coisas darem certo, ele repete isso o tempo todo: ‘as coisas precisam dar certo’. Uma frase que já ouvi mais de três pessoas próximas ao Lula é exatamente essa: ‘não me peçam para ter paciência, eu tenho 77 anos e quero que as coisas andem rapidamente”.

Na visão de assessores, essa ansiedade causa frases “atabalhoadas” e prejudica a popularidade do presidente. Na pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19), os números mostram que caiu para 36% avaliação positiva sobre o governo Lula. Em fevereiro, esse percentual era de 40%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.

Felipe Nunes, diretor da Quaest, diz que Lula está falando muito, de forma intuitiva e falando sobre assuntos que não necessariamente domina. Ou seja, Lula está emulando o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): falava o que dava na cabeça, de forma intuitiva e de coisas que não sabia.

“Dentro do Planalto, a opinião geral é de que realmente é ruim. Porém, a opinião é de que era mais ou menos esperado que ele tenha a popularidade em queda nesse início de governo. Há dificuldades seguidas nesse início, ele está tendo que trocar o pneu com o carro andando, essa é a expressão que eles (governo) usam”.

A oposição está sendo divertindo, achando que vai poder usar isso à vontade. Isso ainda não tem consequência no caminhar das votações, porque, à princípio, os times estão se colocando dentro de campo para definir suas estratégias”.

UOL