Persistência da vítima condenou Trump por estupro

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Foto: Alexi Rosenfeld/Getty Images

A história pessoal de Donald Trump, antes mesmo de virar presidente dos Estados Unidos, tem capítulos tortuosos — e que, aos poucos, saem da sombra. Ele acaba de ser considerado por um júri federal de Nova York responsável por atos de abuso sexual e difamação, condenado a pagar indenização de 5 milhões de dólares. Foi uma conquista na Justiça de E. Jean Carroll, 79 anos, conhecida colunista de jornal que não sossegou até levar o caso aos tribunais. Segundo Carroll, o ataque ocorreu em 1996, em um provador da Bergdorf Goodman, loja luxuosa da Quinta Avenida. Quando o caso veio à tona, em 2019, o crime já havia prescrito, mas ela recorreu a uma lei aprovada no ano passado em Nova York, permitindo que vítimas de abuso sexual peçam compensação na área cível independentemente da data do ato. Carroll celebrou o anúncio como a “vitória de todas as mulheres que falam e não são levadas a sério”. Trump, furibundo, reiterou nas redes sociais que não a conhece e que o veredito é parte “da maior caça às bruxas de todos os tempos”. Em março, Trump foi indiciado por suspeita de manipulação de registros para ocultar a compra do silêncio da ex-amante Stormy Daniels. Ele é alvo de outras seis investigações em andamento, um leque que inclui falcatruas nos negócios, incitação à invasão do Capitólio e retenção de documentos secretos. Nada disso afetou até agora sua pré-candidatura à Presidência em 2024 e muito menos a popularidade: pesquisa recente o instala 6 pontos à frente de Joe Biden, o pré-candidato democrata.

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