Como previsto, aprovação a Lula dispara

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Nova pesquisa da série Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostra que a aprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 51% para 56% desde abril, enquanto os que desaprovam a atuação do petista oscilaram de 42% para 40% — variação dentro da margem de erro, estimada em 2,2 pontos percentuais.

Os resultados do levantamento indicam que pautas econômicas como o incentivo do governo para baixar o preço de carros populares e a queda no preço dos combustíveis alavancaram a percepção positiva dos brasileiros sobre o trabalho do Planalto.

Infográfico traz resultados de pesquisa realizada entre 15 e 18 de junho pela Quaest — Foto: Divulgação/Quaest

A isenção dada a montadoras para baixar o preço dos carros populares tem forte aprovação. São 3/4 dos entrevistados (76%) os que se dizem favoráveis à medida, contra 18% que a rechaçam. O perdão a pequenas dívidas para limpar o nome das pessoas tem apoio de 73%, enquanto 23% se opõem à ideia. Na ponta oposta, o assunto que obteve menor apoio dos entrevistados é a retomada das relações diplomáticas com a Venezuela: 64% são contra, e 22%, a favor.

São 37% da população os que avaliam o governo como positivo nestes primeiros seis meses de gestão Lula 3, taxa que era de 36% em abril. O percentual dos que veem a administração federal como negativa passou de 29% para 27% no período. Outros 32% classificam o governo como regular (eram 29% há dois meses).

Os resultados obtidos pela Quaest se aproximam nesse ponto com os divulgados por outros institutos nas últimas semanas — embora as pesquisas não possam ser diretamente comparadas, já que adotam metodologias diferentes e foram realizadas em períodos distintos. O Ipec registrou 37% de avaliações “bom” ou “ótimo” para o governo Lula no início do mês, contra 28% de “ruim” ou péssimo”. Pelo Datafolha, a gestão do petista é aprovada por 37% e reprovada por 27%.

Infográfico traz resultados de pesquisa realizada entre 15 e 18 de junho pela Quaest — Foto: Divulgação/Quaest

O avanço da percepção positiva sobre o trabalho de Lula captado pelos pesquisadores da Quaest foi maior nas regiões Norte e Centro-Oeste: passou de 46% para 56% entre abril e junho. No Sudeste, a região mais populosa do país, subiu de 45% para 51% a taxa de aprovação ao trabalho do presidente, enquanto o índice de desaprovação passou de 45% para 42%.

O reconhecimento de que o desempenho de Lula é satisfatório aumentou também entre eleitores que dizem ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022. De acordo com a pesquisa, passou de 14% para 22% o percentual de bolsonaristas que avaliam positivamente o trabalho do atual chefe do Executivo federal.

Infográfico traz resultados de pesquisa realizada entre 15 e 18 de junho pela Quaest — Foto: Divulgação/Quaest

Para 32% dos entrevistados, a economia do Brasil melhorou nos últimos 12 meses. Esse grupo correspondia a 23% da população no levantamento anterior. Já as avaliações de que houve piora econômica passaram de 34% para 26% entre abril e junho.

O preço dos combustíveis impacta diretamente nessa percepção sobre a situação econômica. Quatro em cada dez brasileiros (42%) dizem que ficou mais barato abastecer no último mês, contra 25% que acham que os combustíveis encareceram. Já em relação ao preço dos alimentos e das contas de água e luz, quase metade dos entrevistados afirma que houve aumento no último mês (46% e 48%, respectivamente).

A queda do preço dos combustíveis também é, numericamente, o fato mais mencionado pelos entrevistados quando perguntados sobre as notícias mais positivas que ouviram sobre o governo Lula recentemente (8%). Por outro lado, o encontro do presidente com o venezuelano Nicolás Maduro é o fato mais frequentemente lembrado como negativo (10%).

Infográfico traz resultados de pesquisa realizada entre 15 e 18 de junho pela Quaest — Foto: Divulgação/Quaest

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre 15 e 18 de junho a partir de entrevistas presenciais com 2.029 pessoas de 16 anos ou mais em municípios de todas as regiões. A margem de erro é estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%.

O Globo