Conselho de Ética vai investigar senador encontrado com dinheiro na cueca.

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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O Conselho de Ética do Senado decidiu continuar o processo disciplinar contra Chico Rodrigues (PSB-RR), que foi flagrado tentando esconder R$ 33 mil em dinheiro vivo na cueca durante ação da PF (Polícia Federal) em 2020. O pedido de investigação e cassação de mandato foi apresentado pela Rede e pelo Cidadania. O relator do caso será Renan Calheiros (MDB-AL).

O Conselho de Ética do Senado analisou 13 pedidos de processo disciplinar contra senadores. Ao todo, o colegiado decidiu investigar cinco parlamentares, arquivou seis casos e adiou a análise de um. O senador Chico Rodrigues entrou na mira do Conselho de Ética da Casa depois que foi encontrado com dinheiro na cueca durante uma operação da PF que investigava suposto esquema de desvio de verbas para combate ao coronavírus em Roraima. Na época da ação, em 2020, o senador era vice-líder de governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o escândalo, foi retirado da posição e tirou licença do cargo até fevereiro de 2021. Atualmente, Rodrigues é filiado ao PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Na reunião, o colegiado abriu processos disciplinares contra outros quatro senadores da base do governo Lula, incluindo o líder no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP): Cid Gomes (PDT-CE); Jorge Kajuru (PSB-GO); Styvenson Valentim (Podemos-RN).

O pedido de investigação do senador Flávio Bolsonaro por suposta ligação com as milícias do Rio de Janeiro feito pelo PSOL e Rede foi adiado. A ação aguarda análise jurídica de admissibilidade pela Advocacia do Senado. O outro pedido de processo disciplinar contra Flávio foi arquivado. A ação foi protocolada pelo então deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) por suposta interferência nas investigações do MP (Ministério Público) no caso das rachadinhas. Na mesma reunião, o conselho ainda arquivou seis pedidos de investigação, entre os quais o da senadora Damares Alves por descaso e ausência de ações para proteger os povos indígenas quando era ministra de Direitos Humanos no governo Bolsonaro.

Pedidos de processos arquivados

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) Jayme Campos (União Brasil-MT) Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Humberto Costa (PT-PE) Ex-senador Paulo Rocha (PT-BA) Damares Alves (Republicanos-DF)

Uol