Dallagnol quer formar tropa política de evangélicos

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

Nos Estados Unidos para palestrar em um evento cristão, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) planeja usar a viagem como uma espécie de “workshop” para aprender a formar novas lideranças conservadoras. Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-parlamentar pretende lançar sua esposa, Fernanda Dallagnol, candidata à Prefeitura de Curitiba, mas tem como principal intuito, segundo interlocutores próximos, recrutar cristãos para torná-los expoentes políticos nos próximos anos.

Atualmente na cidade de Grand Rapids, no Michigan, onde ficará até quinta-feira, o ex-procurador da Lava-Jato vem se encontrando com lideranças religiosas locais e empresários do setor. Nos próximos dias, tem reuniões marcadas com ao menos dois deputados do Partido Republicano.

A princípio, não há espaço na viagem para lazer. O ex-deputado viajou no domingo à noite e deve ficar fora do país até o final do mês.

Deltan recebeu um convite do Podemos para atuar justamente na formação de novas lideranças para o partido. A sugestão, no entanto, ainda não foi aceita pelo ex-parlamentar, que vem estudando de que maneira poderia contribuir com a legenda na tarefa. A expectativa é que o período nos Estados Unidos possa ajudar a traçar estratégias neste sentido.

Desde que perdeu o mandato, Deltan também vem sendo sondado por outros partidos, como o Novo. O ex-procurador ainda não bateu o martelo, mas cogita trocar de sigla, já que vê o Podemos como menos ligado a valores cristãos e religião do que outros grupos políticos que o procuraram.

Após a cassação, o ex-parlamentar também recebeu propostas de empresas privadas, mas este caminho está, por ora, rechaçado. O objetivo é se manter ativo na política, apesar da inelegibilidade, seja lançando a mulher em Curitiba ou atuando na formação de lideranças conservadoras.

Deltan Dallagnol perdeu o mandato por decisão pautada na Lei da Ficha Limpa. Os magistrados do TSE entenderam que o ex-parlamentar deixou o Ministério Público para escapar de possíveis punições referentes à sua atuação na Operação Lava-Jato.

O Globo