Enquanto ameaça o governo, Lira é julgado pelo STF

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O STF (Supremo Tribunal Federal) agendou para a semana que vem o começo do julgamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por corrupção passiva.

O que aconteceu: No dia 6 de junho, a Primeira Turma da corte analisará o caso. Os ministros discutirão um parecer enviado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), que é contra a denúncia, porque apenas o relato de delatores não seria o suficiente para levar o processo adiante.Em 2019, a Primeira Turma aceitou parcialmente a denúncia, mantendo somente a de corrupção. A peça da PGR incluía também o crime de lavagem de dinheiro, o que foi rejeitado pelos ministros do Supremo.

Qual foi a acusação? Lira foi denunciado pela PGR em 2018 por supostamente receber R$ 106 mil em vantagens indevidas como deputado federal. O repasse teria sido intermediado por Jaymerson Amorim, assessor parlamentar de Lira à época.

A apreensão do dinheiro com Amorim ocorreu em fevereiro de 2012, quando ele tentou embarcar em um voo no Aeroporto de Congonhas transportando a quantia nas roupas e junto ao corpo. O dinheiro seria uma contrapartida para garantir apoio a Francisco Carlos Caballero Colombo na presidência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos.

A Procuradoria-Geral concluiu que o dinheiro transportado pelo assessor consistia em um pagamento feito a Lira por Francisco Colombo, então presidente da estatal CBTU para se manter no cargo. Lira foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O presidente da Câmara sempre negou as acusações e disse que não há provas que o liguem ao dinheiro vivo. Em nota, o advogado Pierpaollo Bottini, que defende Lira, disse que existem “fatos novos que mostram a fragilidade da denúncia original”.

UOL