Filhos de Bolsonaro também ficarão inelegíveis

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Foto: Reprodução

Quando planejou o futuro dos seus filhos, Bolsonaro não levou em conta que a insensatez também pode ser hereditária. Chamado pejorativamente de Xandão pelo bolsonarismo, Alexandre de Moraes se esforça para fazer jus ao apelido no exercício da presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Tenta adiantar o relógio para assegurar que, além de Bolsonaro, sejam banidos das urnas até 2030 os três herdeiros do capitão que dispõem de mandato: Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. Conforme antecipa a colunista Carol Brígido, uma banda do TSE tenta julgar antes de novembro pelo menos mais duas das 16 ações eleitorais estreladas por Bolsonaro. Prestes a ser declarado formalmente inelegível, a situação do sócio majoritário da holding da rachadinha não seria alterada. Mas uma das ações, que trata da difusão de fake news, traz no polo passivo os filhos do atraso. Inclui também bolsonaristas do porte de Bia Kicis, Carla Zambelli, Ricardo Salles e Mario Frios. Noutra ação, a inelegibilidade pode alcançar o general Braga Netto.

Antes de apresentar a conta a Bolsonaro, Moraes negociou com Lula a nomeação de dois amigos para preencher vagas abertas no plenário do TSE: Floriano de Azevedo Neto e André Ramos Tavares. Articulou mudanças no regimento da Corte para desestimular pedidos de vista protelatórios de Nunes Marques e Raul Araújo, os dois bolsonaristas que restaram num plenário de sete ministros.

Agora, Moraes opera para adiantar julgamentos porque o corregedor Benedito Gonçalves, outro algoz do capitão, deixa o posto em novembro. Bolsonaro ainda vai se arrepender de ter adicionado ao apelido de Xandão o xingamento de “canalha”. O arrependimento será maior quando o ofendido começar a levar ao plenário do Supremo Tribunal Federal as ações criminais estreladas pelo ofensor.

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