Lula e Bolsonaro disputarão vaga de Moro no Senado

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Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Uma eventual nova eleição para senador no Paraná, caso Sergio Moro (União-PR) tenha ter seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral, pode antecipar o “terceiro turno” entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Há pretendentes dos dois lados. Como mostrou esse blog, em matéria de Vinícius Nunes, o PT deve realizar prévias para definir seu nome. Estariam no páreo os deputados federais Zeca Dirceu (líder do PT na Câmara) e Gleisi Hoffmann (presidente do partido) e o deputado estadual e ex-governador Roberto Requião.

No lado bolsonarista, o pretendente mais forte, teoricamente, é o ex-deputado federal Paulo Martins, do PL, um aliado do ex-presidente. Martins terminou a disputa ano passado em segundo lugar, perdendo para Moro, por uma diferença de 4,4%. Moro obteve 33,5% dos votos e Martins, 29,1%.

As pesquisas, porém, davam Martins em terceiro lugar, com menos de 20% dos votos. Ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, e líder de seu governo na Câmara, Ricardo Barros, do PP, corre por fora.

Essa eleição, se acontecer, irá mobilizar principais lideranças da direita e da esquerda pelos nomes envolvidos. Lula não deixaria o líder de seu partido ou a presidente da legenda desguarnecidos. Entrará na campanha.

Bolsonaro irá atuar por um candidato da direita por algumas razões: o cassado será um ex-ministro de seu governo – que saiu magoado com o então presidente, mas se reconciliaram na campanha de 2022 – e do outro lado estará um petista “raiz”.

Moro e Deltan Dallagnol deverão juntar forças com Bolsonaro em apoio ao candidato desse grupo.

A realização de nova eleição se dará porque, caso ocorrer a cassação, Moro não terá cumprido ainda metade de seu mandato, que só ocorreria no início de 2027.

Metrópoles