Moraes torna pública conspiração no celular de Cid

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu tornar público as conversas obtidas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e que demonstram que um golpe de Estado foi encorajado.

O que aconteceu: O ministro retirou o sigilo após divulgação parcial de trechos do relatório da Polícia Federal. As mensagens revelaram um roteiro para a ação (veja o relatório completo aqui)

Em trechos das conversas, Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas eleições do ano passado. Cid está preso desde o mês passado e se negou a falar quando depôs à Polícia Federal.

As mensagens já reveladas:

A maioria das mensagens reveladas foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, ao longo de dezembro do ano passado. Algumas vieram de um grupo de militares da ativa em aplicativo de mensagens e outras foram trocadas entre Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel, e Adriana Villas Bôas, filha do general Eduardo Villas Bôas.

As repostas de Cid foram vagas, com um “infelizmente” quando Lawand reconheceu que um golpe não aconteceria e “muita coisa acontecendo” ao ser estimulado a mobilizar Bolsonaro para cometer o ato antidemocrático. Também foi encontrado um roteiro para a implementação do golpe de Estado.

“Por respeito ao Supremo Tribunal Federal, todas as manifestações defensivas serão feitas apenas nos autos do processo”, informou a defesa de Mauro Cid, representada pelos advogados Bernardo Fenelon e Bruno Buonicore.

UOL