PAC será lançado em 2 de julho

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (15) que seu governo irá lançar no dia 2 de julho “o novo PAC”, versão repaginada do Programa de Aceleração do Crescimento. A ideia da política pública é retomar diversas obras pelo país, como forma de reaquecer a economia interna. Apesar disso, esta é a terceira vez que a gestão petista altera a previsão de início do programa. Inicialmente, o Palácio do Planalto falava em lançar o “novo PAC” até maio deste ano, esta previsão foi alterada, depois, para junho e, agora, julho.

“Nós estamos retomando 14 mil obras paralisadas, 4 mil delas em escolas. Este ano temos R$ 23 bilhões para investir na área de transporte, ou seja vamos fazer somente neste ano mais do que foi feito nos últimos 4 anos. Quando tomei posse, chamei os 27 governadores dos Estados e levantamos as obras de interesse de Cada Estado. E agora, a partir do dia 2 de julho, nós vamos lançar o novo PAC”, disse Lula.

Lula falou sobre o assunto ao conceder entrevista, na manhã de hoje, para um consórcio de quatro rádios de Goiás, onde ele estará na sexta-feira para inauguração da ferrovia de Rio Verde. Ele foi questionado, então, sobre como será sua relação com o governador do Estado, Ronaldo Caiado (União), que foi ligado a Bolsonaro, e com os prefeitos da região, onde o eleitorado conservador é majoritário.

“Não tenho preocupação pelo fato de o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ter sido eleito por outro partido, ele foi eleito pelo povo, então vou tratá-lo com respeito. Não acho possível governar o país sem ouvir os governadores, sem ouvir os prefeitos e tratá-los de forma decente. Você vai ver que tratarei o Caiado como se ele fosse a pessoa mais próxima a mim, com muita dignidade. Goiás é um Estado muito importante, sobretudo para a agricultura”, defendeu.

O presidente também comentou a inauguração da ferrovia de Rio Verde. “A inaguração dessa ferrovia é uma coisa muito importante, isso já devia ter sido concluído no governo Dilma. Mas essa ferrovia vai ser extremamente importante para o transporte dos produtos produzidos em Goiás”, contou.

Em seguida, o petista explicou que seu governo está esperando a finalização de “um aplicativo” para formalizar o início do programa Desenrola, que promete criar mecanismos para ajudar parte da população inadimplente a sanar suas dívidas.

“Ontem fiz reunião com os varejistas e teve muita crítica à taxa de juros porque não tem nenhuma explicação para essa taxa de juros. O povo não está comprando e 72% da popuçação está endividada. Queremos resolver isso com o Desenrola para ver se as pessoas voltam a consumir. Estamos apenas esperando um aplicativo, para que a gente possa colocar um fundo garantidor, para sanar essas dívidas. Nós temos que facilitar a vida da gente para que as pessoas possam voltar a ter acesso a bens de consumo. As pessoas não podem viver mendigando um prato de comida, isso já fizemos uma vez e vamos repetir. Este país vai voltar a crescer”, argumentou.

Por fim, o presidente repetiu que sua gestão tem como foco incluir os mais pobres no “andar de cima”. Neste sentido, o presidente defendeu que o objetivo principal do seu governo é fazer com que o país tenha uma maioria de classe média.

“Eu sou o presidente de 215 milhões de brasileiros, mas a minha responsabilidade principal é com os mais pobres. O milagre que fizemos entre 2007 e 2010 foi incluir os mais pobres e isso porque queremos acabar com a pobreza definitivamente. Somos o maior produtor de proteína animal do mundo, como as pessoas podem passar fome nesse país? Eu não quero um país que seja de maioria pobre e, sim, uma maioria de classe média. Eu não fiz opção para que o povo fosse pobre, ninguém gosta de viver de favor, de Bolsa Família, as pessoas querem viver do seu trabalho”, concluiu.

Valor Econômico