Popularidade de Lula torna Centrão mais light

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Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Parlamentares do Centrão avaliam que o ambiente de negociações entre o Poder Executivo e a Câmara melhorou nas últimas semanas, após alguns sustos impostos pelo Congresso ao Palácio do Planalto.

O “clima mais relax” entre os Poderes faz com que os parlamentares acreditem na viabilidade da super semana de votações sugerida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para os primeiros dias de julho.

Após algumas derrotas impostas por deputados e senadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Planalto fizeram esforços para melhorar a interlocução com os parlamentares. Os acenos têm sido reconhecidos por lideranças partidárias no Legislativo.

Até então, a articulação política vinha sendo criticada frequentemente tanto na Câmara quanto no Senado. Os principais alvos eram os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil).

A melhora no ritmo da liberação de emendas parlamentares e a sinalização de que a indicação de cargos seria destravada, inclusive com a possível substituição de Daniela Carneiro por Celso Sabino (União-PA) à frente do Ministério do Turismo, são apontados como fatores que contribuem para a melhora do ambiente político para o governo federal no Congresso.

Alguns gestos, porém, ainda precisam se concretizar para estender a paz entre os Poderes pelas próximas votações, apontam fontes da cúpula do Congresso. Se isso ocorrer, parlamentares avaliam que é possível a Câmara garantir vitórias ao Planalto em votações previstas para a super semana desenhada por Lira.

Após retornar de uma viagem a Portugal, o presidente da Casa pretende realizar sessões entre segunda-feira e sexta-feira da primeira semana de julho. A ideia dele é de um esforço concentrado para apreciar pacote ambicioso de medidas, que inclui a reforma tributária e o projeto de lei que versa sobre os casos de empate em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Além disso, a proposta é fazer também nova apreciação da proposta do novo arcabouço fiscal, alterada pelos senadores, e analisar o texto que trata do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), considerado muito importante pelo Planalto.

Uma ala menos otimista com a super semana aposta que o andamento da reforma tributária pode estar comprometido, já que o parecer do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ainda é desconhecido.

Valor Econômico