Senador do PSD defende indicação de Zanin
Foto: Ricardo Stuckert
O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse, em entrevista ao UOL News, não ver a proximidade entre Cristiano Zanin e Lula como um problema para a indicação do advogado a uma das vagas no Supremo Tribunal Federal (STF). Historicamente, nenhum presidente indicou um inimigo. Sempre indica um amigo. Todos [os indicados ao STF] têm uma relação com o presidente. Não vejo que venha a comprometer, absolutamente, ter sido advogado de Lula. Zanin tem notório saber jurídico, é preparado e vejo que ele tem condições para ser ministro do STF. Otto Alencar, senador (PSD-BA)
Alencar projetou uma votação “expressiva” de Zanin no Senado e o elogiou pela articulação, inclusive com opositores ao governo Lula. O senador também adiantou que os senadores do seu partido fecharam apoio à indicação dele ao STF.
Zanin tem procurado todos os senadores e senadoras. Ele está tendo uma articulação muito boa, inclusive com os senadores da oposição. Alguns deles já se comprometeram a votar a favor dele. Zanin é uma pessoa muito acessível, com trato cordial. Ele deve ter uma votação expressiva, em torno de 55 a 58 votos.Otto Alencar, senador (PSD-BA)
Tales Faria explicou que a “saída honrosa” de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo mira uma compensação das mais valiosas: a área de Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro. O colunista destacou que Lula tem a intenção de recompensar Daniela e seu marido Waguinho, prefeito de Belford Roxo e figura muito influente na Baixada Fluminense, pelo apoio. Porém, o preço exigido pelo casal preocupa não apenas o PT como outros partidos. A ‘saída honrosa’ que eles querem é uma ‘saída com lucro’. Na verdade, eles querem a área federal de saúde do Rio de Janeiro, que tem o maior número de hospitais federais do país. Para ser ver o peso e a importância disso, essa área era do Flávio Bolsonaro. É isso o que a Daniela e seu marido Waguinho pedem como ‘saída honrosa’. Tales Faria, colunista do UOL
Em meio à relação tensa com o governo Lula, Arthur Lira deve passar por uma devassa em sua vida pessoal, como no caso em que seus filhos tomaram da mãe um imóvel com dívida de R$ 179 mil, apontou Tatiana Chicarino. A cientista política reforçou que problemas pessoais do presidente da Câmara devem vir à tona e se tornar comuns, assim como já ocorreu em outros momentos no país. Vários escândalos desde a Nova República e a redemocratização têm laços familiares. Lira é o assunto, com telhado de vidro, e tudo começará a vir à tona em relação a ele por conta deste momento de tensão entre o presidente da Câmara e o governo federal. As relações familiares deveriam ficar na esfera privada, mas no Brasil há essa confusão entre público e privado que é muito intensa.Tatiana Chicarino, cientista política