Testemunha-chave do 8 de janeiro não será chamada

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Foto: Reprodução

A oposição ao governo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro amargou uma série de derrotas em sua tentativa de sustentar a tese de que forças de segurança e órgãos de inteligência facilitaram a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes no início do ano. Entre os reveses, destacam-se requerimentos de convocação de servidores ligados à gestão Lula que foram rejeitados pelo plenário da CPMI. Para o senador Esperidião Amin (PP-SC), a negativa ao pedido de convocação do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha é um indicativo de “má-fé” na apuração dos fatos. “Saulo foi nomeado como adjunto da Abin no dia 1° de janeiro para assumir interinamente a titularidade da agência no começo de governo. Ele acompanhou todos os episódios, teve acesso a informações de inteligência e seria primordial ser escutado na comissão. Afinal, a meu pedido, a Abin enviou um relatório ao Congresso com, pelo menos, duas versões”, disse o parlamentar, que é membro da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência. O ex-dirigente da Abin é oficial de inteligência da agência e, depois dos ataques do dia 8 de janeiro, foi transferido para a coordenação de planejamento, onde ficou até primeiro de junho. Para o senador, o depoimento de Saulo Cunha poderia indicar até que ponto houve omissão do órgão de inteligência. Controlada até agora pelos governistas, a comissão também rejeitou o pedido de explicações ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) sobre o Plano Escudo, que prevê a segurança do Palácio do Planalto, e a convocação do general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI.

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