Trecho de conversa de Cid complica Bolsonaro

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Foto: Alan Santos/PR

Quando for perguntado, o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá dizer que as informações sobre o novo plano de golpe de Estado revelado por Veja – ou conversas de oficiais militares da sua confiança que queriam rasgar a constituição – nunca chegaram até ele. Ou seja, a velha história de que ele não tinha conhecimento algum. Mas, para investigadores, ao menos uma resposta de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, ajuda a mostrar que o líder da extrema-direita sabia – sim – da malfadada movimentação por um golpe após a derrota para Lula. Foi quando Mauro Cid respondeu a um forte apelo do coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, para que Jair Bolsonaro determinasse às Forças Armadas que elas agissem contra a democracia. O ex-ajudante de ordens afirmou que Bolsonaro não deu a ordem de intervenção militar porque “não confia no ACE”. ACE, como mostrou a revista, é uma referência ao Alto-Comando do Exército, a cúpula formada por generais e pelo ministro da Defesa. Esse trecho de conversa encontrada no celular de Mauro Cid sugere exatamente o contrário daquilo que os advogados de Bolsonaro tem apostado ao fazer sua defesa.

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