Erika Hilton denuncia deputado a Conselho de Ética

Destaque, Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) formalizou uma denúncia no Conselho de Ética e Decoro da Câmara contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT). Ele foi acusado de ter feito comentários transfóbicos e misóginos contra a parlamentar, uma mulher transgênero.

Os ataques, segundo a deputada, ocorreram durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta terça-feira (11/7), que investiga os atos de depredação do Congresso nos atos golpistas do 8 de Janeiro. Enquanto Hilton discursava, Brunini teria dito que ela estava “oferecendo serviços”.

“Denunciei hoje com a bancada do PSOL no Conselho de Ética um Deputado bolsonarista que me atacou de forma misógina e transfóbica. E isso não é apenas sobre mim, é também sobre o avanço de mulheres e pessoas LGBTQIA+ na política. Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de Janeiro, sejam punidos. Seguimos em frente. Na defesa das mulheres, da nossa comunidade, e da Democracia, sempre”, escreveu Erika Hilton, em seu perfil no Twitter.

 

Na publicação, a deputada compartilha a captura de tela de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo que acrescenta que Erika Hilton enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma representação que cobra a cassação de Brunini. Esse pedido foi corroborado pela bancada do PSol.

Além de Erika Hilton, outros deputados presenciaram a suposta fala de Brunini. “O seu Abílio foi homofóbico”, denunciou Rogério Carvalho (PT-SE). “Fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava ‘oferecendo serviços’. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário”, afirmou.

Correio Braziliense