Exercito mandou Cid usar farda

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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Exército divulgou uma nota dizendo que orientou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), a comparecer fardado à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga a invasão às sedes dos Três Poderes.

O Exército informou ter orientado Cid a usar farda em seu depoimento por entender que ele foi convocado “para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força”. A nota foi divulgada pouco depois do início do depoimento dele. Militar da ativa, Cid foi nomeado pelo Exército para ser chefe da ajudância de ordens no governo Bolsonaro.

Cid vestiu o mesmo modelo de farda que usava quando trabalhava com o ex-presidente. Preso desde 3 de maio por suspeita de fraude em cartões de vacina contra a covid-19, ele chegou ao Congresso sob escolta da Polícia do Exército, já que sua custódia está a cargo dos militares, e foi transportado em um carro descaracterizado.

O militar se reservou ao direito de permanecer em silêncio no depoimento. Ele falou por cerca de 8 minutos sobre sua trajetória nas Forças Armadas e sobre as investigações no STF das quais é alvo. A ministra Cármen Lúcia garantiu a Cid o direito de não produzir provas contra si mesmo e de ser assistido por um advogado, mas ele é obrigado a dizer a verdade quanto aos demais questionamentos durante a sessão da CPMI.

Uol