Famílias de Marielle e ativista hondurenha se unem por Justiça
Parentes de Marielle Franco e da ativista hondurenha Berta Cáceres, assassinada em março de 2016, vão se reunir num seminário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) promovido pelo instituto que carrega o nome da ex-vereadora do PSOL, gerido pela família dela.
O evento está marcado para os dias 20 e 21 de setembro e tem como objetivo realizar um intercâmbio de experiências (jurídicas, inclusive) construídas desde a execução de Marielle, em março de 2018, prestes a completar a marca de 2 mil dias sem solução definitiva.
Desde já, estão confirmadas as participações de Anielle Franco, irmã de Marielle e atual ministra da Igualdade Racial, e de Bertha Zúñiga, filha da Berta Cáceres. Assim como Marielle, Berta foi morta a tiros num crime que, até hoje, prescinde de informações quanto aos seus eventuais mandantes. A líder indígena lutava, à época, contra a construção de uma usina hidrelétrica em terras de sua etnia.
Embora um tribunal de Honduras tenha condenado sete pessoas pelo caso, em 2018, entidades civis do país da América Central afirmam que os empresários ligados ao empreendimento de energia também deveriam ser punidos como mentores da morte de Berta.
Berta tinha 43 anos quando foi morta, cinco a mais do que Marielle, que viveu até os 38. Três dos culpados pela morte da hondurenha eram assassinos de aluguel. Aqui, o sargento reformado Ronnie Lessa, um dos acusados pelo atentado contra Marielle, também deixou digitais em episódios nos quais teria sido contratado para esses fins.
O Globo