Lira empurra para Pacheco veto à “ressurreição” das armas
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a aliados que pode pautar o projeto de decreto legislativo que visa sustar o decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringe circulação e acesso a armas no país.
A condição para colocar o texto em votação seria que o Senado o aprovasse antes. Leia mais: Governo reduz número de armas permitidas e transfere fiscalização para a PF Decreto de armas é positivo, mas exigirá fiscalização Lula defende fechar clubes de tiro que não são das forças de segurança
Segundo apurou o Valor, Lira não quer que a tramitação de uma proposta para derrubar a medida do presidente da República arranque da Câmara para não correr o risco de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mais uma vez engavetar o tema e paralisar a iniciativa – a exemplo do que já ocorreu com o PDL para sustar alterações do marco legal do saneamento.
Em conversa com aliados, Lira demonstrou disposição em pautar o PDL na mesma semana que a matéria avançar no Senado. Apesar do aceno, não há expectativa sobre quando e se Pacheco colocará o texto em votação no plenário do Senado.
Mais cedo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou um PDL para sustar o decreto de Lula por entender que o texto avançou na competência legislativa do Congresso ao criar atribuições e alterar competências estabelecidas. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou o decreto de Lula como uma “agenda de desmonte do Brasil” e destacou que a medida enfrentará resistência no Congresso.
“Esse decreto petista tem a clara intenção de agradar assaltantes, homicidas e estupradores, pois com as suas vítimas desarmadas terão o seu trabalho facilitado. A oposição e os parlamentares que entendem as reais necessidades do Brasil já declararam apoio ao nosso projeto. Tirar as armas da população é uma armadilha.”