Lula e Biden devem se encontrar em breve

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A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, disse nesta segunda-feira (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, devem conversar “num futuro próximo” sobre potenciais acordos nas áreas de ciência e tecnologia. Apesar disso, a diplomata afirmou que ainda não há data definida para esta conversa.

“Tivemos uma conversa bem ampla como presidente e seu time e estamos ansiosos para trabalhar com todos eles. O presidente Biden estará conversando com ele [lula] em algum ponto no futuro próximo”, explicou.

A norte-americana falou à imprensa após se reunir com Lula no Palácio do Planalto, na manhã desta segunda-feira. O encontro foi agendado para que o presidente brasileiro pudesse conhecer o administrador da Nasa, Bill Nelson. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), também participou da reunião.

Após a reunião, o representante da agência espacial dos EUA disse que o órgão irá lançar três satélites que poderão ajudar o Brasil a identificar com mais precisão os focos de destruição da Amazônia. “Agradeci ao presidente [Lula] por seu trabalho persistente e contínuo para salvar a Amazônia. Conversamos sobre projetos conjuntos em que podemos ser parceiros. Os nossos satélites já mandam muitas imagens para os cientistas no Brasil, para que se possa localizar a destruição da floresta. Vamos lançar três novos satélites que vão aumentar muito [essa capacidade]”, explicou. Além disso, Nelson terá reuniões em São Paulo, onde será acompanhado da ministra Luciana Santos. Segundo ela, um dos objetivos do governo é fazer com que a indústria brasileira possa fornecer equipamentos para a Nasa. “Queremos que eles observem a nossa indústria brasileira para fornecer à Nasa equipamentos para indústria aeroespacial”, contou.

O chefe da agência especial também deverá aproveitar a passagem pela América do Sul para visitar Argentina e Colômbia. As viagens são parte de uma ofensiva para aprofundar a cooperação bilateral entre a Nasa e a região, em uma série de áreas relacionadas à inovação e à pesquisa. “Especialmente em Ciências da Terra, para atingir as metas mútuas de nossas nações, para lidar com as mudanças climáticas e alcançar emissões net-zero até 2050”, informou a Embaixada dos EUA no Brasil.

Atualmente, a Nasa está envolvida em diversas atividades na região, incluindo o chamado “Servir-Amazônia”, programa que usa os dados da agência especial para capacitar cientistas a rastrear e entender as mudanças ambientais quase em tempo real, avaliar ameaças climáticas, como desmatamento e segurança alimentar, e responder rapidamente a desastres naturais.

Por fim, Luciana Santos disse que, “a princípio”, o Brasil é simpático a aceitar mais cooperação com a Nasa no controle do desmatamento, mas explicou que isso ainda será analisado pela Agência Especial Brasileira (AEB). “Nós vamos ter que consultar a AEB, com todo os nossos cientistas e o plano nacional, para ver as necessidades [desse acordo]. É preciso cruzar essas informações para verificar. Quem vai dar o veredito serão nossos cientistas”, concluiu.

Valor