MPF suspeita de propina árabe para Bolsonaro

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Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal avançou em uma investigação que pode complicar Bolsonaro. Trata-se do aceite, pelo então presidente, de uma pistola e de um fuzil da marca Caracal avaliado em cerca de R$ 40 mil.

O MPF passou a investigar o envolvimento da fabricante de armas no presente dado. Até então, a versão corrente era que o presidente havia recebido as armas do governo dos Emirados Árabes, em 2019. Seria, portanto, um presente dado por autoridades árabes a Bolsonaro.

Mas os investigadores detectaram indícios de que a própria Caracal, empresa privada e sediada nos Emirados Árabes, teria atuado para que as armas chegassem às mãos de Bolsonaro. E, agora, apura se o governo brasileiro teria, em troca, atuado para beneficiá-la de alguma forma.

Em 2020, o Estado-Maior do Exército Brasileiro autorizou pela primeira vez, em 80 anos, a instalação de uma fábrica de armamentos leves no país. A beneficiada foi a DFA (Delfire Fire Arms), que, por anos, tentou trazer a Caracal para o Brasil. Em 2022, Eduardo Bolsonaro visitou representantes da Caracal nos Estados Unidos e fez um post enaltecendo a fabricante de armas.

Outro ponto também analisado pelo MPF foi a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para um fundo de investimentos dos Emirados Árabes. Parlamentares de oposição acusam o governo de ter vendido a refinaria por um valor menor que o do mercado.

Apesar de o valor das armas ser bem inferior ao das joias que seriam destinadas a Michelle, a pistola e o fuzil podem trazer dor de cabeça mais rapidamente a Bolsonaro. Isso porque o ex-presidente aceitou os presentes e os guardou em casa. Já no caso das joias, há uma discussão sobre se os objetos iriam ou não parar na residência de Bolsonaro.

Metrópoles