Obra de Haddad na economia o cacifa para suceder Lula

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Foto: Diogo Zacarias

O colunista do UOL Josias de Souza avalia que o bom desempenho na área econômica credencia Fernando Haddad à corrida presidencial.

O êxito inicial nos primeiros seis meses da política econômica, com declínio da inflação, a criação de condições para que o Banco Central reduza a taxa de juros a partir de agosto e o ministro enrolado na bandeira do Desenrola, tudo isso dá uma aura de alternativa presidencial ao Fernando Haddad.
Josias de Souza, colunista do UOL

Em participação no UOL News, Josias destacou que um possível cenário para 2026 aponta para uma “revanche” entre Tarcísio de Freitas e Haddad, que se enfrentaram na última eleição para o governo do estado de São Paulo. Para o colunista, Lula ainda é o nome mais forte do PT para 2026, mas o atual ministro da Fazenda mostra ser uma opção viável.

Se o Lula chegar a 2026 com desempenho para tanto, com êxito para exibir na vitrine, será ele o candidato. Se por alguma razão ele não puder se candidatar, Haddad vai se colocando no primeiro lugar da fila e já mostrou que, em um arranjo com Lula, ele é um candidato competitivo.
Josias de Souza, colunista do UOL

Josias de Souza vê avanços no discurso de Lula sobre a Venezuela. O colunista ressaltou que o presidente “deixou de falar bobagens” ao afirmar que a solução para o país vizinho “tem que partir do povo”. Josias lembrou que o petista gerou controvérsia ao falar sobre questões como democracia e ao defender Nicolás Maduro, mas agora “age com bom senso”.

Lula ainda não vê solução para o drama da Venezuela, mas pelo menos emite sinais de que começou a enxergar o problema. Rendido à evidência de que não solução mágica à vista, Lula parou de tirar gambás da cartola. Houve um grande avanço por parte do Lula: parou de falar bobagens e começou a dizer coisas com nexo.
Josias de Souza, colunista do UOL

Ao comentar sobre a reforma ministerial, com o centrão de olho nas pastas de aliados de Lula, Josias considera que o presidente está no centro de uma questão delicada: como encaixar o centrão em seu governo sem gerar conflitos com sua base e sem ceder pastas importantes? O colunista aponta os riscos das trocas ministeriais e avalia as ameaças de surgimento de novos escândalos.

Desde que tomou posse, Lula vem tentando conciliar duas necessidades conflitantes e, aparentemente, inconciliáveis. Ele precisa atrair o centrão para dentro do governo dele sem passar a impressão de que está firmando um pacto com o diabo. Algumas trocas seriam ruinosas para o governo. Lula tenta fazer arranjos que evitem escândalos maiores para o governo.
Josias de Souza, colunista do UOL

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