Pressionado, Pacheco pede que Barroso “se retrate”

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta quinta-feira que a declaração de Luís Roberto Barroso sobre ter “derrotado” o bolsonarismo foi “inadequada, inoportuna e infeliz” e cobrou uma retratação do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Em entrevista a jornalistas, Pacheco disse ter recebido telefonemas de diversos colegas na Casa reclamando sobre a fala de Barroso no congresso da União Nacional de Estudantes (UNE). “A presença do ministro em um evento de natureza política, com uma fala de natureza política, é algo que reputo infeliz, inadequado e inoportuno”, declarou.

Nesta quinta-feira, ao participar do evento da entidade ao lado de Flávio Dino e do deputado Orlando Silva, Barroso disse o seguinte: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre a todas as pessoas”.

Depois da repercussão, o Supremo informou que o ministro “referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”. Políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro já se movimentam para apresentar ao Senado um pedido de impeachment contra Barroso.

Questionado sobre o impacto da manifestação pública em julgamentos no STF que tenham Bolsonaro como parte envolvida, Pacheco disse que, se não houvesse retratação de Barroso, haveria necessidade de se avaliar possível motivo para impedimento ou suspeição do ministro.

Ele assumirá a presidência da Corte quando Rosa Weber, atualmente à frente do Supremo, se aposentar – em outubro, ela completa 75 anos, idade em que a lei determina a aposentadoria compulsória de ministros.

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